Mais uma Copa do Mundo longe do Brasil. Desta vez, na terra que inventou o futebol, esperava um pouco mais de animação do que na Austrália de doze anos atrás, quando meus colegas perguntavam “Copa do quê?” enquanto eu, eufórica, tentava explicar o motivo do meu atraso na aula de Física, o broche com a bandeira do Brasil na lapela – infração máxima ao uniforme – e a importância que aquele chute para fora do Baggio tinha para a história do meu País.

Há dez minutos a Inglaterra marcou o segundo gol sobre Trinidad e Tobago, garantindo a vaga na segunda fase da Copa. Na rua de casa a vida segue normalmente. Movimento usual nos cafés, lojas e no ponto de ônibus. Dezenas de pedestres e motoristas, aproveitando a rara tarde de sol, aparentemente alheios à vitória sofrida do time nacional. Nenhum grito de gol, nenhuma buzina comemorativa, nenhuma manifestação. Nada!

Tenho certeza de que até na Austrália, onde em 1994 futebol era um esporte tão negligenciado, que meus colegas não sabiam nem quem era Pelé, as comemorações pós-vitória estão sendo mais enfáticas que aqui, berço do esporte. Só vamos torcer para que eles não tenham motivo para fazê-lo no próximo domingo.


 

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