Vacas Sagradas



Impressões sobre minha (breve) passagem pela Índia:

Tudo parece acontecer nas ruas, que borbulham com pedestres, motos, vacas, cabras, riquixás motorizados (foto), camelôs, tratores e tudo o mais. E quando eu digo rua, quero dizer a pista, já que calçada é um conceito pouco difundido na Índia.

O trânsito, como dá para imaginar, vira um caos. Contanto que o motorista buzine antes da infração, vale praticamente tudo. E por tudo leia-se: dar ré na rotatória, ultrapassar pelo acostamento, furar farol vermelho, dirigir na contramão, cinco passageiros numa moto, nove num ruiquixá (juro!), e assim por diante. Só não vale atropelar as vacas, sagradas e onipresentes.



A comida é deliciosa! Extremamente saborosa e colorida, cheia de temperos diferentes e exóticos para o paladar ocidental. No entanto, há de se usar de prudência e pedir tudo mild, ou seja, sem muita pimenta; pedido que os chefs nem sempre levam muito a sério. E dá-lhe água (sempre, sempre, sempre, mas sempre mesmo, mineral!).

Os locais são super simpáticos e acolhedores e têm um hábito peculiar, que nos primeiros dias me deixou confusa: quando querem dizer “sim”, balançam a cabeça de um lado para o outro, como nós fazemos quando queremos dizer “não”. No quesito receptividade, me senti como, imagino, um turista estrangeiro deve se sentir no Brasil.

Aliás, apesar das diferenças patentes, há vários aspectos, sendo a pobreza e a exclusão social os mais óbvios, em que os dois países se assemelham. Agora entendo porque me senti meio que em casa aquele dia no consulado, quando fui tirar o visto…


 

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