Feijão com arroz

Apesar da inspiração para começar este blog ter vindo das minhas investidas no mundo da culinária, tenho que admitir que estou jogando a toalha, ou melhor, o pano de prato.

E não é por preguiça ou falta de força de vontade, não! Tá bom, talvez um pouco de preguiça... Mas o motivo principal, tenho que confessar, é financeiro.

Minha mãe quando cozinha, cozinha muito bem, mas não é fanática. Troca facilmente o fogão por qualquer outro programa. Assim sendo, nao herdei uma, digamos, desenvoltura na cozinha. Sempre fui interessada (como ela também é), fazendo cadernos, comprando livros, buscando receitas na internet, mas sempre empaquei no essencial: a execução.

Culpava o luxo de sempre ter tido cozinheira em casa pelo meu fracasso e, ingenuamente pensava que quando mudasse para a Inglaterra tudo ia mudar, que ia aprender na marra. Pois é, confesso que tentei. Trouxe minha panela de pressão do Brasil, trouxe minhas frigideiras e minhas assadeiras. Com o Her de co-piloto aprendi a fazer feijão (arroz eu já sabia), canja, lasanha, strogonoff e creme de milho. Dei umas arriscadas em risotos, currys e stir-frys.

Tudo indo razoavelmente bem, apesar da ocasional falta de inspiração, quando percebi que, por dia, gastávamos mais em ingredientes para fazer o jantar, do que gastávamos no almoço, comendo em restaurantes. Fora o trabalho, a louça suja, os gastos com água e eletricidade.

Daí percebi porque os ingleses só comem comida pronta; e fui obrigada a aderir. Não é tão mau quanto parece. Aliás, não é nada mau. É só saber escolher. Continuo fazendo arroz e feijão, mas as minhas carnes agora têm nomes chiques: peito de frango å provençal, cordeiro com alecrim, salmão recheado com espinafre e manteiga de limão, e por aí vai.

Gasto menos, como bem e nem preciso lavar muita louça.


 

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