Alarmes (Falsos!)


starbucks
Originally uploaded by hermeti.
Em Londres moramos numa High Street. Na Inglaterra toda cidade ou bairro tem sua High Street, que corresponde å Rua do Comércio das cidades do interior do Brasil. (Ou å Rua Direita, se você for de Pinhal.) Existem umas mais bonitas, outras mais caidinhas - a "minha" modéstia å parte é super charmosa - mas todas, sem exceção, foram engolidas por Gaps, The Body Shops, McDonalds e afins, perdendo muito de sua história e identidade.

Morar numa High Street tem suas (muitas) vantagens. Tudo o que você precisa, seja uma caneta, uma garrafa de vinho, uma calça jeans ou uma passagem para o Brasil (que tentação!) fica a menos de cem metros da sua porta. As estações de metrô também não costumam ser longe e os ônibus passam com freqüência. Nos momentos de tédio, espiar pela janela o trânsito e o vaivém dos pedestres é diversão garantida. Graças ao movimento dos restaurantes, andar sozinha å noite fica bem mais seguro.

Mas quando os restaurantes e pubs fecham e você não escuta mais os grupo de amigos correndo para pegar o último ônibus, sobram os irritantes, imprevisíveis e hipersensíveis alarmes. Cada loja, que durante o dia fora tão útil e necessária, transforma-se agora numa potencial ameaça ao seu sono.

Noite passada foi o do Starbucks aí de cima, disparado por uma revista jogada contra sua porta. Há alguns meses, um misterioso, que nunca encontramos, manifestava-se toda noite, das sete, oito horas até a manhã seguinte, quando a loja reabria. Nem a noite de Reveillon passou ilesa.

Com o tempo passamos a reconhecê-los pela distância, freqüência e qualidade do barulho, mas nos acostumarmos, impossível.

... que, nos últimos 14 meses, hoje foi o primeiro dia em que realmente senti calor na Inglaterra (32 graus!!!).


 

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